quinta-feira, 22 de maio de 2008

O policiamento comunitário é uma evolução, e não uma revolução

Gcm Guido - Promotor de Polícia Comuntária
A SENASP- Secretaria Nacional de Segurança Pública implantou em seus cursos de capacitação e formação essa nova filosofia de Polícia comunitária, e as academias de polícia incluiu esta filosofia em seus cursos de formação técnico profissional, após o acontecido na Favela Naval em São Paulo em 1997, a Polícia Militar de São Paulo também aderiu a essa nova filosofia de policiamento. Contudo as Guardas Municipais após a Constituição Federal de 1988 faz esse policiamento comunitário de fato e de direito com a integração da CORPORAÇÃO e a COMUNIDADE.
Mas ao analisarmos de fato podemos perceber a sua abrangência, uma vez atingindo o que é preceituado no artigo 144 da Constituição Brasileira, de que segurança pública é direito e responsabilidade de todos, cabendo também a qualquer cidadão uma parcela de responsabilidade. A sociedade como um todo, deve atuar de uma forma participante em todos os momentos que impliquem ou não em uma situação geradora de conflitos que levem às conseqüências extremas de violência. Sabemos que muitas das causas da violência decorrem da ausência de uma política pública séria que cerceie o cidadão a uma vida com dignidade, respeitando a si mesmo e ao seu semelhante. Cada vez mais o cidadão se isola esquecendo que os problemas inerentes à sua comunidade, também lhe pertence para que tenha qualidade de vida. A sociedade não pode continuar na inércia, esperando por um milagre que solucione os seus problemas, mas para isso é preciso despertar o gigante adormecido que existe no coração de cada cidadão que se fundamenta na solidariedade.
Baseado nisso é que se inicia um trabalho de Polícia Comunitária em que as pessoas passem a se conhecer e manter uma relação de amizade, confiança e respeito, buscando juntos soluções criativas para os problemas que afligem a comunidade local.
O policiamento comunitário é uma evolução, e não uma revolução, polícia comunitária é uma filosofia e não um programa de policiamento igual o que temos visto rotineiramente em algumas instituição, é desta forma que as Guardas Municipais no Brasil vem crescendo atingindo níveis de excelência, porque as Guardas Municipais em sua essência são comunitárias na sua origem de criação, o policiamento “à moda antiga” não funciona mais: “As pessoas são presas, depois soltas, e voltam a cometer os mesmos delitos”. Entretanto temos um Código Penal ultrapassado e ineficaz.

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