segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Esse é o nosso Brasil!!

O vazamento de parte do conteúdo da primeira fase do exame da OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional São Paulo), que foi cancelada hoje, será investigado pela Polícia Federal, informou hoje em coletiva de imprensa Luiz Flávio Borges DUrso, presidente da seção paulista da entidade. Amanhã, ele entregará nomes e documentos para a superintendência da PF para apuração das responsabilidades pelo vazamento. O presidente da OAB-SP afirmou também que entrou em contato com o Procurador-Geral de Justiça de São Paulo, Rodrigo Pinho, solicitando investigações.A suspensão da prova ocorreu porque um professor de um cursinho preparatório para o exame teria passado a alunos questões que fariam parte da prova.
A primeira fase do exame será realizada no ano que vem, em data a ser definida. A segunda fase, originalmente marcada para 20 de janeiro de 2008, também foi suspensa. Aproximadamente 25 mil bacharéis estavam inscritos para o teste de hoje.DUrso explicou que as questões dos exames da OAB são elaboradas por profissionais e professores renomados, e depois são escolhidas pelo presidente da Comissão de Exame de Ordem da OAB-SP, Braz Martins Neto.
A OAB possui contrato com a Vunesp, que confecciona as provas e recebe as questões com 10 dias de antecedência. "Quando o Dr. Braz faz a seleção, é ele quem tem conhecimento das perguntas. A partir daí, é responsabilidade da Vunesp manter o sigilo das provas", explicou DUrso.Na tarde de ontem, DUrso diz que recebeu um telefonema informando sobre a possibilidade de fraude. O nome do autor da ligação será mantido em sigilo para não atrapalhar as investigações. "Não tenho informação nem de onde fica esse cursinho, nem do nome do professor. Mas a pessoa que nos encaminhou as perguntas tem". DUrso recebeu cerca de oito perguntas suspeitas de terem vazado. Neto as avaliou e confirmou que duas haviam sido integralmente divulgadas, enquanto as demais foram parcialmente copiadas. "Nas próximas provas, o controle será redobrado", garantiu DUrso.

UMA VERGONHA NACIONAL.

Aproximadamente 25 mil bacharéis de direito prestariam o 134° Exame da Ordem em todo o Estado de São Paulo. De acordo com a assessoria de imprensa da OAB, cerca de 2 mil candidatos "perderam a viagem", ao comparecer aos locais de prova e encontrar os portões fechados.
Os casos de candidatos que se deslocaram de cidade para prestar o exame, que não houve, serão analisados um a um para possíveis ressarcimentos, segundo a OAB.
As avaliações seriam aplicadas, simultaneamente, nas cidades de Americana, Araçatuba, Araraquara, Barretos, Bauru, Bragança Paulista, Campinas, Espírito Santo do Pinhal, Franca, Guarulhos, Itapetininga, Jundiaí, Marília, Mogi das Cruzes, Osasco, Piracicaba, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Santos, São Bernardo do Campo/São Caetano do Sul, São Carlos, São João da Boa Vista, São José do Rio Preto, São José dos Campos, São Paulo, Sorocaba, Taubaté e Tupã.

A prova da 1ª fase é formada por cem questões de múltipla escolha, com quatro alternativas cada, referente às seguintes disciplinas: direito constitucional, civil, empresarial, penal, do trabalho, administrativo, tributário, processual civil, processual penal, além de perguntar sobre o Estatuto da Advocacia e da OAB, seu regulamento geral e o código de ética e disciplina.
No Exame anterior, de número 133, realizado em setembro último, foram aprovados na primeira fase somente 22,8% dos bacharéis inscritos.

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