terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Realidade ou Ficção!!!!!!!!


Mas chega de enrolação. O filme é bom? Não. O filme é excelente. Um dos melhores filmes nacionais recentes. Mas não é um filme de ação na sua essência. Têm cenas de ação sim, uns tiroteios legais, com umas mentiras hollywoodianas e tal, mas no geral o filme é bem realista. Aliás, aquelas cenas do filme é só um aperitivo porque na vida real é um pouco pior, só um pouco. Porém o cara dos efeitos especiais é o mesmo do Falcão Negro em Perigo: Phil Nelson. Tropa de Elite é muito mais um filme de emoção que de ação, se é que os leitores me entendem. Enfatiza muito mais os aspectos psicológicos, as personalidades e conflitos internos das personagens que as cenas épicas. A corrupção na PMERJ é escancarada no filme, que mostra bem como o “sistema vive para alimentar o sistema”.

O filme é narrado em primeira pessoa, pela principal personagem, um capitão do BOPE ( Wagner Moura), que quer sair da Unidade porque está endoidando e porque nasce seu filho. Como na realidade de milhares de PMs, o casamento do capitão acaba por causa do estresse do trabalho. Numa ocorrência, o capitão encontra dois aspirantes que vislumbra como candidatos para substituí-lo no BOPE. São dois caras honestos e vibradores, amigos de infância, que acabam se matriculando no Curso de Operações Especiais, cuja rotina traz boas cenas e mostra um pouquinho da ralação a que se submetem os candidatos a caveiras, como são chamados os cursados do BOPE.

Como a proposta do filme é trazer a visão dos policiais (os do BOPE), coisa inédita nacionalmente já que PM não tem voz nesse país, e nenhuma corporação policial seja ela na esfera federal, estadual ou municipal, no filme não poderia faltar uma boa dose de crítica social, fuzilando os jovens de classe média consumidores de droga, atribuindo-lhes a culpa (ou parte dela) pelo tráfico de drogas e pela violência no Rio de Janeiro. Em parte isso é verdade. Mas só em parte, uma vez que se sabe que não é só nos morros que estão os traficantes, mas infelizmente é só essa parte dos traficantes que a PM combate, enquanto muitos dos chefões transitam engravatados por aí em seus carros importados blindados. O filme também procura passar um conceito de honestidade sob a ótica do BOPE (que não sei se é realmente assim naquela unidade), ou seja, quem rouba não presta, mas matar… matar não tem problema, desde que seja matar traficante. Na ética do filme, ser traficante é mau e ser assassino é bom. Desde que o morto seja bandido, mesmo o bandido travestido de PM. Não existe traficante recuperável e não vale a pena perder tempo prendendo ninguém. Todos devem ser mortos. Em combate, pelas costas, depois de dominados, não interessa. Aliás, o filme traz apenas duas categorias de policiais: os corruptos e os do BOPE.


VERDADE OU MENTIRA?

No Brasil nada se cria tudo se copia, haja DVD pirata para 170 Milhões de brasileiros!

Um comentário:

  1. eu sou o médico que atendia esse cara... estou atrás dele também,

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